Bem Estar

Queda de Cabelo: Os 3 Tipos Mais Comuns e os Tratamentos Eficazes

A queda de cabelo é um problema complexo que exige um diagnóstico preciso. Não se trata de uma condição única, mas sim de diferentes desordens com causas e tratamentos distintos.

Abaixo, detalhamos os três tipos de queda de cabelo mais frequentemente abordados e as terapias recomendadas por dermatologistas.

1. Alopecia Androgenética (Calvície)

A Alopecia Androgenética, popularmente conhecida como calvície, é a forma mais comum de queda de cabelo e possui forte componente genético. É causada pela ação dos hormônios masculinos (andrógenos), que encurtam a fase de crescimento dos fios e levam à sua miniaturização progressiva até a perda completa.

  • Padrão:
    • Masculino: Recuo da linha frontal (entradas) e rarefação na coroa (vértex).
    • Feminino: Queda difusa no topo da cabeça, mantendo a linha frontal intacta (sem “entradas”).
  • Tratamentos Comprovados:
    • Minoxidil: Usado topicamente, é o principal tratamento para estimular o crescimento dos fios e retardar a queda.
    • Finasterida (Homens) e Espironolactona (Mulheres): Medicamentos orais que atuam bloqueando ou modulando a ação hormonal que provoca a queda.
    • Microagulhamento e Drug Delivery: Técnicas que aplicam substâncias ativas (como fatores de crescimento) diretamente no couro cabeludo para estimular os folículos.
    • Transplante Capilar: Solução definitiva para áreas calvas, realocando folículos saudáveis.

2. Eflúvio Telógeno (Queda Temporária Aguda)

O Eflúvio Telógeno é uma queda de cabelo temporária, mas intensa, causada por um evento estressor que força um grande número de fios (acima de 100 por dia) a entrar prematuramente na fase de repouso (telógena) e, consequentemente, cair.

  • Padrão: Queda difusa e repentina, afetando todo o couro cabeludo. O paciente relata tufos de cabelo no chuveiro e na escova.
  • Causas Comuns:
    • Estresse físico ou emocional intenso.
    • Pós-parto (Eflúvio Pós-parto).
    • Dietas restritivas ou perda de peso rápida.
    • Cirurgias ou doenças infecciosas graves (incluindo infecções virais).
    • Deficiências nutricionais (ferro, vitaminas D e B12).
  • Tratamentos Comprovados:
    • Tratamento da Causa Base: É o pilar. Corrigir a deficiência de ferro, tratar a tireoide ou controlar o estresse.
    • Suplementação: Vitaminas e minerais específicos (como biotina e zinco) podem ser recomendados, mas apenas se houver comprovação de deficiência.
    • Minoxidil: Pode ser usado para acelerar a recuperação, embora o eflúvio telógeno seja geralmente autolimitado e resolva-se sozinho em alguns meses após a eliminação do fator estressor.

3. Alopecia Areata

A Alopecia Areata é uma doença autoimune caracterizada pela perda de cabelo em áreas circulares bem delimitadas, podendo evoluir para a perda total dos pelos do corpo. O sistema imunológico ataca por engano os folículos pilosos, interrompendo a produção de fios.

  • Padrão: Falhas ou “buracos” no couro cabeludo, barba e outras áreas do corpo. As placas são lisas, sem inflamação ou cicatrizes visíveis.
  • Tratamentos Comprovados:
    • Corticoides: Aplicação tópica, injeção intralesional (diretamente nas falhas) ou uso oral (em casos graves) para modular a resposta autoimune.
    • Imunoterapia Tópica: Uso de substâncias irritantes (como a difenciprona) no couro cabeludo para desviar o foco da reação autoimune.
    • Outros Imunossupressores: Em casos mais resistentes, podem ser usados medicamentos que atuam no sistema imunológico.

Atenção: A Importância do Diagnóstico Médico

É crucial entender que a automedicação ou o uso de tratamentos inadequados pode agravar o quadro. Apenas um dermatologista ou tricologista pode realizar o diagnóstico correto — muitas vezes por meio de exames como o tricograma ou a biópsia do couro cabeludo — e prescrever o protocolo de tratamento mais eficaz e seguro para o seu tipo de queda de cabelo.

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